Vamos discutir sobre a política econômica do Mercantilismo, seus significados e a relação com as Grandes Navegações iniciadas por Espanha e Portugal na Europa Católica.
O Mercantilismo
Absolutismo e Capitalismo
“Com efeito, o paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava fundamentalmente um aparelho para a proteção da propriedade e dos privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo, os meios através dos quais tal proteção era promovida pudessem simultaneamente assegurar os interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras emergentes. O Estado absolutista centralizou crescentemente o poder político e esforçou-se por criar sistemas jurídicos mais uniformes (...) aboliu um grande número de barreiras internas ao comércio e patrocinou tarifas externas contra os concorrentes estrangeiros (...) proporcionou ao capital usurário investimentos lucrativos, ainda que arriscados, nas finanças públicas (...) A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado feudal tardio, ao mesmo tempo que beneficiaram a burguesia emergente. Expandiram os rendimentos tributáveis de um, fornecendo oportunidades comerciais à outra” Perry Anderson.
O mercantilismo foi essencial na política econômica das novas formas de governo na Europa.
Monarquias absolutistas.
Objetivo de fortalecimento.
Foi o processo de transição do feudalismo para o capitalismo.
Longo e contínuo.
Em épocas e locais diferentes.
Referências
SE LIGA. O Mercantilismo.
SE LIGA. A Expansão Marítima.
Mais Referências
WALLERSTEIN, Immanuel. O sistema mundial moderno. (2 vols). Porto: Afrontamento, 1974.
GODINHO, Vitorino Magalhães. Os descobrimentos e a economia mundial. Lisboa: Presença 1981 (4 vols.)
DIAS, J. S. da Silva. Os descobrimentos e a problemática cultural do século XVI. Lisboa: Editorial Presença, 1982.
DOBB, Maurice H. A evolução do capitalismo. 7. ed. São Paulo: Abril, 1983.
HALL, A. Rupert. A revolução na ciência (1500-1750). Lisboa: Edições 70, 1988.
GODINHO, Vitorino Magalhães. Mito e Mercadoria, Utopia e prática de navegar - séculos XIII-XVIII. Lisboa: Difel 1990.
VRIES, Jan de. A economia da Europa numa época de crise (1600-1750). Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1991.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
WOOD, Ellen Meiksins. A origem do capitalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BOXER, Charles R. O império marítimo português (1415-1825). São Paulo: Cia. das Letras, 2002.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BRAUDEL, Fernand. Civilização Material, Economia e Capitalismo: séculos XV-XVIII. (3 vols). São Paulo: Martins Fontes, 2005.
WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007.
BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (dir.). A expansão marítima portuguesa, 1400-1800. Lisboa: Ed. 70, 2010.
Linha do Tempo
711: Árabes vencem Visigodos na Batalha de Guadalete
711-1492: Árabes na Península Ibérica
732: Francos derrotam Árabes Batalha de Poitiers
970-1020: Leif Eriksson
~1000: Navio de Eriksson no Canadá.
1016-1065: Fernando I de Leão
1047-1109: Afonso VI de Leão e Castela
1064: Fernando I derrota Almançor
1080-1130: Teresa de Leão
1109-1185: Afonso Henriques
1271: Nona Cruzada
1357-1433: João I de Portugal
1418-1459: Fernão Lopes
1450-1500: Bartolomeu Dias
1451-1506: Cristóvão Colombo
1453: Otomanos vencem Império Bizantino.
1467-1520: Pedro Álvares Cabral
1469-1521: Manuel I de Portugal
1469-1524: Vasco da Gama
1492: Expedição de Colombo na Mesoamérica.
1498: Expedição de Gama nas Índias.
1500: Expedição de Cabral no Brasil.
1580-1640: União Ibérica
1602-1798: Companhia Holandesa das Índias Orientais
1619-1683: Jean-Baptiste Colbert
1621-1792: Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
1818-1883: Karl Marx
1864-1920: Max Weber
1879-1952: Eli Heckscher
1907-1990: Caio Prado Jr
1930-2019: Immanuel Wallerstein
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